terça-feira, 24 de setembro de 2013

Siglo XXI

Eu fui me afastando, me afastando... Parecia um zoom-out inofensivo, lento o bastante para não confundir a cena. De repente, percebi que meus dois olhos já não enxergavam o mesmo mundo.
Photo: 

Call Of Duty: "Ghosts Masked Warrior"

domingo, 8 de setembro de 2013

Você acredita em destino?

Fn

Vivo no mundo das ideias. Portanto, sou um platonista, embora não platônico (não no sentido que deram ao termo ao longo dos séculos).
Por quê?
Acredito sinceramente que toda ideia, qualquer uma, quando começa a se materializar, a se cristalizar, desenvolve anticorpos para se defender de outras ideias, já materializadas, que tentam destruí-la.
Me entendam: utopia, por exemplo, é algo perfeito enquanto ideia. Tente materializá-la e vai ver a encrenca que está criando.
Tem mais: as ideias não são plásticas, resilientes. Uma vez materializadas, jamais poderão retornar ao estado anterior de pura ideia.
Viver assim como eu vivo tem suas vantagens e desvantagens: se pensar em ficar rico, por exemplo, como é só pensamento, não posso usufruir do luxo, do poder que o dinheiro oferece, mas, em compensação, continuo pagando o mesmo imposto de renda que  pago hoje, ou seja, nenhum. Além disso, não preciso de guarda-costas, não tenho que me reunir com gerentes de contas, nem pensar em taxas, retornos, cardápios sofisticados...
Posso pensar em ser justiceiro, mas como é só pensamento, não há crime, ninguém fica sabendo desta "pequena" falha de caráter. A contrapartida é que os ladrões continuam assaltando impunemente  pessoas e cofres públicos, a crueldade brota das telas para o mundo real, mas a Justiça continua lá, meio lerda, incerta, em muitos casos ávida por "incentivos" e "agradecimentos". 
Não me culpem se ando um pouco pessimista, lembrem-se que o estado de espírito também não passa de uma ideia.
Não sei avaliar se é bom ou se é ruim viver desse jeito, mas este cálculo deixo para os pragmáticos, que são muito bons de realidade, embora péssimos de ideias.
Sorte minha? Azar o deles? É o destino... que, no fundo, todo mundo desconfia que existe, mas nem todos querem confessar.