quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pense bem no que vai pensar...

Quando tudo for passado, restarão as palavras? Lancinantes, anestésicas, canforadas? 

Não há nada demais por trás delas senão a intenção detonada, um suave envolver de parte a parte. Cínico?
O ladrar de um cão interrompe a madrugada, prova viva
que o passado já estava a caminho. Se o cão é cão verdadeiro,
o ladrar, as palavras, traz de volta, emaranhadas, ecoando na lembrança, esta sim quimera, pura ilusão da boa que um dia haverá de se perder, mas não há porque pensar nisso agora.
Os sonhos? Um, dois, muitos se vão mas o coração, este sim
marca passo.
O mal não há de ser suavizado, o perfume da manhã a todos regenera enquanto as ditas palavras, um dia pensadas sem serventia, impunes agonizam.